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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tenta Merlot 2008 - postagem 2 de 3


Segundo round: Tenta Merlot 2008.
13,5 de teor alcoolico.
Ah! Os rótulos, sempre os rótulos. Confesso que não li, mas cometi o mesmo erro duas vezes.
O rótulo traseiro desta garrafa especifica que este é um vinho demi-sec, apesar de ser da variedade Merlot. Como o colega especialista disse, isso indica que o vinho teve adição de açúcar, vivendo e aprendendo. Aviso aos navegantes então: este não é um vinho seco.
Afora isso, me arrisco a dizer que é um vinho muito bom. Jovem, para consumo imediato, logo após a abertura da garrafa. Já mencinonei que dá para notar isso pelo aroma do vinho na hora que se abre a garrafa? Pois é. Acredite. Quem ainda não sabe, experimente um dia...
Coloração vermelho escura, com pendência para cor de amora (não tão arrocheado quanto o carmenere, mas nitidamente diferente do Salton).
Se alguém quiser arriscar um vinho demi-sec um dia, fica a dica.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Salton Classic 2007 - Merlots, postagem 1 de 3


Conforme prometido fui às compras e escolhi alguma coisa de nacionais para comparar, e, é claro, um chileno pra não perder o vício. Mais especificamente, um Salton Classic 2007 , um Marson 2005, e um Tenta 2008. Todos Merlot, para uma comparação científica: dois nacionais de duas safras diferentes, sendo um vinho de guarda e outro de consumo jovem, e outro importado para ter uma idéia. Esta postagem é a primeira de três e versa sobre o primeiro.
O Salton Classic recebeu alguns prêmios no ano passado se não me engano. Ele chegou ao mercado para disputar sério pela opção de consumo dos mortais normais, como eu, que procuram um vinho bom mas com preço que não agrida as finanças (afinal, este blog é sobre estes - não precisa nenhuma dica ou instrução especial para um Ventisquera, Carmem ou similar que são vendidos aqui de 50 a 60 reais a garrafa... estes são certamente fenomenais!)

Acabo de abrir a garrafa. Vinícola Salton aqui de Bento Gonçalvez. Reserva safra 2007. Pelo aroma na abertura dá pra notar que é vinho que está no ponto para consumo. Este eu aconselho a consumir em seguida à abertura, não é como os chilenos mais tradicionais que exigem a abertura algum tempo antes. Coloração vermelho escuro intenso. Grau alcoólico um pouco menor, 12%. Mas de excelente relação custo-benefício, bem mais barato, cerca de 30%, a menos que seus competidores. Recomendo. Mesmo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dicas do ano: vinhos do Vale dos Vinhedos

Bueno. Até agora já deu pra perceber que o pessoal é chegado em um vinho chileno e argentino. Isso porque as variedades mais consumidas, especialmente vinhos tintos, são melhores que os nacionais, pelas características pluviométricas gerais destes dois países.
Mas este final de semana contudo fui surpreendido por um vinho nacional do Vale dos Vinhedos, vinícola Michele Carraro, Cabernet Sauvignon, safra 2005. Fiquei meio desconfiado, safra de quatro anos para vinhos nacionais em geral não combinam bem. Mas creio que a pessoa que recomendou o vinho sabia do que falava.
Um par de dias depois nosso colega consultor oficial em vinhos comentou que os vinos do Rio Grande do Sul, tipicamente do Vale dos Vinhedos, safra 2005 estão especialmente recomendados. Parece que as características desta safra aliados ao período em que eles experimentaram engarrafados os levaram a um padrão muito bom. Como não tive a oportunidade de fotografar a garrafa nem anotar seus dados (vou procurar andar com máquina fotográfica e bloco de notas, mesmo nos almoços de fim-de-semana), não vou poder publicar nenhum detalhe. Mas pretendo procurar algum Merlot ou mesmo outro Cabernet Sauvingon de 2005 da região na minha próxima compra.
Para quem resolver arriscar, os dados técnicos mostram que a safra de 2008 será a próxima safra boa. Claro que teremos que ir experimentando estes vinhos ao longo do tempo para decidir qual foi o melhor tempo de maturação. Fazer o quê, temos este dever.
PS: a estação é própria para o consumo de vinhos tintos, é claro. Não só pelas temperaturas mais baixas, como porque nesta época do ano a gente fica se entupindo de comidas pesadas, à base de massas e carne vermelha. Não se preocupem, quando esquentar vão aparecer algumas postagens sobre vinhos brancos e espumantes do Rio Grande do Sul. Para estes o clima do estado tem vocação.

domingo, 19 de julho de 2009

Santa Helena Reservado Carmenère

Santa Helena Reservado
Santa Helena
Chile
2008
Carmenère
Grau alcóolico 13%
Mais um Santa Helena. Esta vinícola sempre manteve um bom padrão de vinhos, mesmo nas safras menos promissoras. Este nao é diferente. Contudo, este ano tem sido razoável em geral. Tenho percebido que vinhos chilenos têm se apresentado um pouco ácidos, melhorando um bom tempo após a abertura da garrafa, indicando ser um vinho bem jovem. É de longe o que possui tonalidade mais violeta dos aqui descritos, sendo notável a diferença na sua coloração. Assim sendo, recomendo um tempo extra de ventilação para todos, e para este não é diferente. Fazer o quê? Abra a garrafa, experimente um pouco. Daqui a meia hora, experimente mais uma taça. Repita a operação daí a meia hora, e assim por diante. Encontre o ponto ótimo de degustação conforme seu gosto. Eu sei, eu sei, é uma tarefa difícil, mas apreciar vinhos sempre foi um misto de excelência técnica com arte, e aqueles bravos que ousam escolher trilhar estes caminhos tortuosos devem se submeter a alguns sacrifícios.

Amberdeen Angus Syrah 2008


Argentina
Syrah
2008
Finca Flichman
Acho que cada região tem sua vocação para tipos de uva. Neste caso, acho que este argentino Syrah é um excelente representante da classe. Baixa acidez, aroma acentuado desde a abertura da garrafa. Coloração vermelho intensa. Abra a garrafa 30 min antes de consumir, e seja feliz. Os Amberdeen Angus têm se provado a melhor relação custo benefício desta safra. Chegam aqui com preço baixo, e pode confiar, são tão bons quanto seus outros patrícios ou os chilenos competidores. Altamente recomendado. Só não dá pra recomendar mais porque eles sumiram das prateleiras. Acho que a fama deles se espalhou e o pessoal levou mesmo. Eu, pelo menos, não achei mais para vender faz umas duas semanas...

Santa Helena Reservado Chardonnay


Chile
Chardonnay
2008
Santa Helena tem sido ao longo do tempo uma marca com boa relação custo benefício. Este eu resolvi dar de mão em um dia em que o peixe estava em oferta e, é claro, eu tinha que ter alguma coisa para companhar.
Aroma cítrico típico, pouca acidez. Como todo vinho branco, vai bem gelado, consumido em seguida à sua abertura. Pelo tipo do vinho, não vale a pena ventilar ou deixar oxidar muito. Recomendo.

sábado, 11 de julho de 2009

Costa Vera Merlot 2008


Costa Vera - Viña Indómita - Chile
Merlot safra 2008
13,5% VOL
Bueno. Vinho chileno nunca foi ruim. Mas quando eu abri este aqui eu estranhei a acidez. Para um Merlot, não gostei muito. Sobrou um pouco de um dia para o outro na janta, e no segundo dia estava melhor, sugerindo que eu não abri cedo o suficiente para deixá-lo oxidar e chegar ao ponto ideal.
Depois fui ler o rótulo traseiro na garrafa e vi que ele é na verdade 85% merlot e 15% cabernet sauvignon. Tava explicada a acidez. Encarem este vinho como um corte, não um varietal. Dá pra encarar sem muitas pretensões. Um colega experimentou a variedade cabernet sauvignon dele. Vamos esperar pelo seu parecer.

Lançamento do blog

Olá a todos. Este blog é uma iniciativa de um grupo de colegas que tem feito o sacrifício, ao longo dos anos, de procurar experimentar e trocar informações úteis a respeito dos vinhos disponíveis no mercado de Porto Alegre. Como um de nossos colaboradores mais assíduos e entendidos no assunto ganhou de presente um caderno para fazer suas anotações científicas sobre o assunto, pensamos: quem sabe nós não tornamos esta importante ferramenta disponível a todos não só para consulta mas também para atualização?
Esperamos que todos entendam esta atitude extremamente altruísta que é o de alertar as pessoas a respeito das boas opções disponíveis evitando contratempos e surpresas desagradáveis em casa ou em grupos de amigos com produtos que não correspondam às expetativas. Nós assumiremos, corajosa e impavidamente, o risco desta experimentação.
Não reparem as fotos das garrafas vazias. Para melhor precisão dos comentários, é necessário examinar a rolha, apreciar o aroma e por fim degustar o vinho. E, bem, após aberto não convém deixá-lo por muito tempo ventilando, sob pena de inutilizá-lo.
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